sexta-feira, 2 de novembro de 2012

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CAJUEIRO PEQUENINO

Hortêncio Pessoa


Cajueiro pequenino
deste sombra às minhas dores;
tiveste um triste destino.
já não tens frutos nem flores.

À tua sombra eu deitava,
ouvindo o vento a soprar...
enquanto o sol, me abraçava,
para o meu sono velar.

Fui crescendo, fui crescendo,
pelo mundo me perdi...
A vida passou correndo,
e, nem sequer percebi.

eras meu único amigo,
naqueles tempos felizes...
eu conversava contigo,
sentado em tuas raízes,

E por mais que o tempo avance,
os teus frutos saborosos,
inda vejo de relance,
como nos tempos ditosos,

Fazes parte do passado...
Viraste cinza e fumaça.
Porém deixaste um legado:
A saudade que não passa.

Fortaleza,02/11/12
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