domingo, 20 de novembro de 2011

Ausência

Inebriante o néctar que emana
de teus cabelos, a tocar meu rosto;
como se fosse a mais ardente chama,
na luz difusa do luar de agosto.
Como eu queria estar contigo agora,
para estreitar teu corpo por inteiro;
e consolar meu coração que chora,
na solidão do branco travesseiro.
E, sussurrando, queria dizer,
palavras tantas, que me vêem à mente.
Desejo agora o que não posso ter:
aquela chama do teu sol ardente.
Ah! Se pudesse voltar ao começo
desse caminho do qual desviei,
eu me revirava até pelo avesso
para te amar, como jamais te amei.
Abro meus braços para receber
a tua ausência que mora comigo.
O véu da noite começa a descer,
cobre o meu peito e vem dormir comigo.
Afogo então a mágoa que me invade,
neste silêncio que me faz pensar
que tudo aquilo que virou saudade,
foi para sempre, e não há de voltar!

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