quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Delírios

Entre as sombras não te vejo,
porém sinto teu perfume.
Mais aumenta meu desejo,
e de ti sinto ciúme.

Quisera que meu olhar,
hoje turvo, sem guarida,
pudesse assim caminhar
ao longo da tua vida.

Nesses delírios constantes,
tua imagem, então desponta;
Entre névoas errantes,
o teu rosto então me afronta.

Esta chama que crepita
no teu olhar reluzente,
é a mesma que habita
no meu olhar tão carente.

Esta saudade sem cores,
esta febre que não passa,
aumentam mais minhas dores
num turbilhão de fumaça.

O sol já não me desperta
mas a lua me acompanha!
Só a solidão me aperta,
com esta força tamanha...

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